E mesmo contudo, e contudo e sempre, as pessoas vão sempre te magoar, v. vai sempre chorar por pessoas que um dia talvez nem valessem a pena. Mas não importa se elas valem ou não, eu digo repito e choro. Choro sim, porque pouco me importo se a reci'proca e' verdadeira,
choro porque amo, porque amei, porque queria sim que não fosse assim. Queria poder mudar a mente e o coração das pessoas... mas um dia descobri que não podia. Foi ai' que doeu em mim, dou em ti, doeu em no's, e vai sempre doer.
Queria poder mudar o passado, e desmembrar o futuro, viver cada pedaço como se fosse meu, como se fossem u'nicos, como se eu pudesse escrever.
Mas não posso. Tem sempre um lado do mundo que quer te derrubar, e a corda arrebenta do lado que e' mais sensi'vel (e não mais fraco), a correnteza leva aqueles que acham que sabem nadar, porque quem sabe mesmo não vai nem tentar nadar contra.
Queria alcançar a mente, queria moldar os pensamentos, queria mostrar o quanto e' tudo mais colorido quando se olha com outros olhos, ou atra's de uma lente de o'culos escuros.
Talvez, por ora, tenha desistido. Hoje eu resolvi sentar e assistir. Hoje eu escolhi ser plate'ia, eu não quis participar. Eu quero olhar de longe pra ver ate' onde isso vai dar.
Como eu queria poder ensinar, falar, fazer compreender... mas, descobri mais, descobri que as pessoas tem limites, descobri que eu cheguei no meu.
A gente ajuda ate' onde da', ate' onde não machuca, quando começa a doer e' a hora de parar. E foi nessa hora que eu nem percebi, foi nessa parte que eu mais uma vez dormi.
As pessoas podiam tambe'm ter essa percepção, de
a hora de parar. Mas elas não tem, elas magoam, machucam e querem mesmo e' ver sangrar. Não bastando o sangue elas agora tem de conter a raiva, ou libera'-la, ja' nem sei... mas as coisas podiam ter sido tão diferentes, mas as coisas podiam ter sido tão mais fa'ceis se feitas de coração, se sentidas de coração. Se doadas de alma.
Eu faço sim, e não espero retornos, nem quero!
Eu dou sim, e nem quero troca com troco.
Eu erro sim, mas me arrependo, mas tenho consciência da culpa.
Eu pago o tal do preço, e ele do'i, e me faz sangrar.
Difi'cil e' quando conhece-se as feridas que ainda não cicatrizaram, difi'cil e' quando enfiam uma vareta na ferida e ela volta a sangrar. Difi'cil e' conter o choro de arrependimento, ma'goas e dores passadas. Um dia/hoje relembradas, talvez revividas, ressentidas.
Com amor, e um pouco indignada.
Raissa Paz.